A gente não resiste a uma série com pegada feminista, com garotas poderosas e histórias pouco óbvias. Hoje falamos das pouco comentadas Anne with an E e Chewing Gum.
Vocês já sabem que a gente ama fazer maratonas de séries problematizadoras e com heroínas improváveis e imperfeitas. Elas ganham nosso coração especialmente quando são, acima de tudo, uma fonte maravilhosa de entretenimento.
Recentemente, fizemos um post lá no nosso grupo do Facebook pedindo dicas de boas séries com esse perfil e dentre as citadas como incríveis estão Anne with an E e Chewing Gum. Duas séries que, apesar de amadas por seus fãs, ainda não figuram naquelas listas de séries imperdíveis. Pois a gente acha que são, vem ver:
Anne with an E
Baseada na série de livros “Anne of Green Gables”, sucesso da autora canadense Lucy Maud Montgomery, Anne with an E vem ganhando o coração de garotas e mulheres assinantes da Netflix. A série conta a história de Anne Shirley, uma garota órfã que é enviada por engano a um casal de irmãos que pretendia abrigar um menino que os ajudasse nos trabalhos da fazenda.
Anne é uma menina de 13 anos extremamente criativa, cheia de personalidade e sem medo de dizer tudo que sente. Durante a primeira (e única) temporada disponível, vemos a vida de Anne se adaptando à comunidade de Green Gables e brigando por tudo que acredita – inclusive e principalmente por seu lugar no mundo.
Segundo a criadora da série (que trabalhou em Breaking Bad), Moira Walley-Beckett, a ideia é que a adaptação tivesse um quê de documentário moderno, mesmo com a história se passando em 1890. E é impossível não sentir a modernidade com os discursos feministas super atuais. Todo mundo que curte uma história sobre garotas heroínas dominando o mundo, vai amar.
Chewing Gum
Uma série criada, escrita e protagonizada por uma garota brilhante, com um timing de humor incrível, com piadas desconfortáveis, cruas e divertidas. Não, não estamos falando de Girls ou de Lena Dunham. Conheça Michaela Coel e sua maravilhosa Chewing Gum, uma dessas séries que a gente só pode chamar mesmo de “jóia escondida da Netflix”.
A série, que está na sua segunda temporada, conta a história de Tracey Gordon (interpretada por Michaela), uma garota de 24 anos desesperada para perder sua virgindade. Criada em uma comunidade pentecostal, com uma mãe hiper religiosa e um namorado idem, Tracey precisa equilibrar as próprias convicções com a educação que teve em casa.
Mais do que uma história sobre a busca por sexo, a história de Tracey é sobre a busca de sua identidade e o questionamento de tudo que a envolve. Vemos a personagem passar por crises com a aparência, lidar com inseguranças, amizades e amores, tudo isso aprendendo a ser adulta e deixar a adolescência pra trás. Se identificou?
De quebra, como a série é sobre uma garota negra, vemos a questão racial discutida e explícita quando necessário. Tudo isso com muito humor inglês da melhor qualidade.
E aí? Já assistiu alguma dessas séries? O que você achou?
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