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Lista de Filmes Imperdíveis do Festival do Rio 2016

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São 11 dias, 250 filmes, mais de 60 países. O Festival do Rio acontece todo ano em outubro e é a nossa chance de mais de uma semana imersas no mundo do cinema sem sair do Rio.

O Festival do Rio começa oficialmente nesta quinta-feira (hoje!), dia 06/10, e se você ainda está meio perdido no meio de tanto conteúdo incrível, (quem queria ter o vira-tempo da Hermione e poder assistir todas as sessões?) a gente te ajuda, com uma seleção de 24 títulos para você conferir.

Festival do Rio 2016

Eu, Daniel Blake (I, Daniel Blake) – UK

Do mestre inglês Ken Loach (de Ventos da Liberdade e Terra e Liberdade, que vocês devem ver também), Daniel Blake já ganhou a Palma de Ouro este ano, o prêmio máximo do Festival de Cannes. O personagem que dá nome ao filme, é um homem de 59 anos que após sofrer um ataque cardíaco precisa pela primeira vez na vida contar com o apoio do Estado, ao receber uma espécie de auxílio-desemprego. No meio da burocracia ele conhece Katie, mãe solteira de dois filhos, para quem a vida nunca foi fácil e que depende dessa ajuda para sobreviver.

A história vem sendo descrita como um retrato da Grã-Bretanha moderna e recebeu muitos elogios da crítica, como tudo que tem o dedo mágico de Loach.

A Luz Entre Oceanos (The Light Between Oceans) – EUA/Nova Zelândia

Ok, vou confessar, sou super imparcial com esse filme. Primeiro, porque amo de paixão o trabalho da Alicia Vikander. Segundo porque o filme é baseado em um livro que adoro, da autora M.L Stedman. E, finalmente, porque é um filme do Derek Cianfrance, de Namorados para Sempre (Blue Valentine, com Michelle Williams e Ryan Gosling) e O Lugar Onde Tudo Termina (The Place Beyond The Pines, com Ryan Gosling e Eva Mendes). Além disso, ainda tem Rachel Weisz e Michael Fassbender no elenco – resumo da ópera, tem boas chances de concorrer ao Oscar.

A história acontece na costa australiana, na década de 1920, onde o casal Tom e Isabel encontram um bebê dentro de um barco à deriva, junto de um homem morto, que eles imaginam ser o pai. Eles adotam a criança, acreditando que ela é um verdadeiro milagre na vida dos dois – Isabel já sofreu dois abortos – até descobrirem que a mãe dela está viva e procurando a criança. O que segue é um conflito moral – seguir com a mentira ou devolver a criança? – que promete arrancar lágrimas até dos mais fortes.

É Apenas o Fim do Mundo (Juste La Fin Du Monde) – Canadá

Um elenco francês megaestrelado (e lindo de doer, vamos combinar), com Marion Cotillard, Léa Seydoux, Gaspard Ulliel e Vincent Cassel. Ganhador do Prêmio do Júri do Festival de Cannes em 2016. Já te convenci, né? Baseado em uma peça, o drama cona a história de um escritor que retorna para casa 12 anos após deixá-la para contar a todos que irá morrer em breve. Quando chega lá, antigos relacionamentos e rixas vem à tona, fazendo com que sua tarefa se torne ainda mais difícil.

Paterson (Paterson) – EUA

Um filme sensível, estrelado por Adam Driver e dirigido por Jim Jarmusch, que conquistou vários corações em Cannes e na crítica. A premissa é simples. Adam interpreta Paterson, que mora em uma pequena cidade de mesmo nome, e possui uma vida pacata, porém feliz, como motorista de ônibus. Mas Laura, sua esposa, vê a vida com outros olhos, bem diferentes, e a partir disso, o filme se desenrola, sempre em um ritmo

Pequeno Segredo (Pequeno segredo) – Brasil

Concorrente brasileiro do Oscar, baseado no best-seller homônimo, vale muito a pena ser visto. Conta a história real da família Schurman, a primeira a dar a volta ao mundo em um veleiro. Em uma de suas viagens, conhecem e adotam a menina Kat, que faleceu em 2006. É o seu segredo, guardado pela família por tanto tempo, que dá nome ao filme. Se você já leu o livro, sabe que tem muita emoção te aguardando.

Loving (Loving) – UK/EUA

A história real de Richard e Mildred Loving, casal inter-racial dos EUA na década de 1960, que teve que lutar bravamente pelo simples direito de validar seu matrimônio, jornada que durou anos e os levou até a Suprema Corte. Seu caso, que ficou conhecido como Loving vs Virginia, oficializou o primeiro casamento entre pessoas de diferentes raças no país. Parece inacreditável que isso tenha ocorrido há menos de 50 anos, mas o filme serve para nos lembrar que até pouco tempo essa era a realidade.

Michelle e Obama (Southside With You) – EUA

Não aguentei e tive que colocar esse na lista. Afinal, Michelle e Obama (Michama?) é nosso power couple favorito. O filme nada mais é do que a história de como eles se conheceram transposta para o cinema, contando como eles passaram de um jovem casal apaixonado para Presidente e Primeira-Dama dos Estados Unidos.

Seleção #GirlPower

Certas Mulheres (Certain Women) – EUA

A cidade de Livingston, em Montana, serve de cenário para esse filme que conta a história de quatro mulheres fortes, cada uma procurando sua identidade e lugar no mundo. No elenco, Michelle Williams, Laura Dern e Kristen Stewart.

As Vidas de Thérèse (Les Vies de Thérèse) – França

Thérèse Clerc foi uma grande militante feminista do seu tempo: ela foi Membro do Movimento de Libertação do Aborto e Contracepção em 1968, e sempre esteve na linha de frente das batalhas por pautas progressistas, como a igualdade entre homens e mulheres e os direitos dos homossexuais. Quando descobre que tem uma doença terminal, Thérèse decide realizar esse documentário autobiográfico, relembrando sua trajetória e suas lutas uma última vez.

Elis (Elis) – Brasil

O filme que conta a história de uma das cantoras mais amadas do Brasil, Elis Regina, parte da sua chegada ao Rio de Janeiro, com apenas 19 anos, e conta sua trajetória até sua morte precoce. Seu sucesso, a vida familiar, a projeção internacional; tudo é relembrado no filme, que traz Andreia Horta como Elis.

E a Mulher Criou Hollywood (Et La femme créa Hollywood) – França

Você sabia que o primeiro filme falado foi dirigido por uma mulher? E que o primeiro filme colorido também? E que Hollywood possuiu várias roteiristas de sucesso que ganharam diversos prêmios? Provavelmente, não. Isso porque muito da história das mulheres no Cinema foi esquecida. Recuperar essas histórias “perdidas” e trazê-las ao público é o que se propõe a fazer o doc, mostrando que Hollywood foi construída com muito #GirlPower, sim!

Sonita, uma Rapper Afegã (Sonita) – Alemanha/Irã/Suiça

Vontade de criar um fã-clube da Sonita, não falta. No Irã, a adolescente desafiou todas as regras possíveis ao resolver se tornar rapper. Em suas letras, ela trata de temas fortes, que infelizmente fazem parte do dia a dia de meninas da sua idade, como o casamento forçado. No entanto, é justamente por causa de um deles – o seu próprio casamento com um homem bem mais velho – que ela é obrigada a voltar para o Afeganistão. Utilizando seu talento e suas letras, ela faz de tudo para escapar do que parece ser inevitável. Esse doc é essencial. Mesmo. Se tiver que escolher um, escolha Sonita. Ganhador do Grande Prêmio do Júri e melhor documentário eleito pelo público na competição internacional de Sundance 2016.

Maya Angelou, e Ainda Resisto (Maya Angelou and Still I Rise) – EUA

Impossível perder o primeiro documentário feito sobre Maya Angelou, principal escritora afro- americana, que faleceu em 2014. Dirigido por dois amigos próximos, conta toda a história da sua vida, desde os abusos que sofreu ainda criança, até sua luta contra o racismo, através do poder das palavras.

Documentários, alimentos para o pensamento

Voyage of Time: Life’s Journey – EUA/Alemanha/França

O doc do diretor Terrence Malick (o mesmo de A Árvore da Vida), vem sendo descrito como um “épico” dos documentários. Não é para menos: a ideia é fazer uma grande viagem pela história do universo, desde seu princípio, quando não havia nada. O doc conta ainda com a narração da atriz Cate Blanchett e promete fazer o público refletir sobre seu lugar no mundo no final da sessão. Profundo.

10 Bilhões – O que Tem Para Comer? (10 Milliarden – Wie werden wir alle satt?) – Alemanha

Um tema tão discutido atualmente, a produção mundial de alimentos é tema desse doc alemão, que coloca em cheque o futuro da humanidade – estima-se que em 2050 a população mundial chegará a 10 bilhões de pessoas – e a escassez de alimentos. Para isso, o diretor Valentin Thurn viaja a países como Índia, Tailândia e Alemanha, conhecendo as alternativas já postas em práticas por estes países. Para ver e refletir.

Massimo Bottura: O Teatro Da Vida (Theater of Life) – Canadá

Ainda no tema sustentabilidade e alimentação, já ouviu falar do chef Massimo Bottura? O italiano, dono do restaurante Osteria Francescana – eleito melhor do mundo em 2016 – é também criador da Food For Soul, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é conscientizar o mundo sobre desperdício de alimentos e a fome pelo mundo. Em 2015, durante a Expo Milano, junto de outros chefs renomados, Massimo utilizou sobras de comida para preparar refeições para moradores de rua, refugiados e outras pessoas em vulnerabilidade social.

Mapplethorpe: Look at The Pictures (Mapplethorpe: Look at the Pictures) – EUA/Alemanha

Um dos grandes artistas do século XX, e sem dúvida um dos mais transgressores, Mapplethorpe também tinha uma vida pessoal a altura do seu trabalho. Primeiro doc biográfico de Mapplethorpe após sua morte, ele consegue ser incrivelmente intimista ao trazer diversas gravações perdidas do artista sobre seu trabalho, amor, relacionamentos e sua vida pessoal, que fazem parecer como se ele próprio fosse o narrador do filme.

Eis Os Delírios do Mundo Conectado (Lo and the Behold Reveries of the Connected World) – EUA

Na sociedade contemporânea, quase tudo que fazemos é através da internet. Transações bancárias, negócios, compras, trabalhos escolares… a lista é infinita. E é sobre essa grande dependência que trata o doc provocativo de Werner Herzog, cujo objetivo final é mostrar como o mundo virtual controla tudo a nossa volta – muitas das vezes, sem a gente ao menos perceber.

Como Abrir Mão do Mundo (E Amar Todas As Coisas que o Clima Não Pode Mudar) (How to Let Go of the World (and Love All the Things Climate Can’t Change) – EUA

Sustentabilidade está sendo mesmo um tema marcante da seleção de documentários. E esse aqui, do diretor Josh Fox, busca mostrar como diversos locais do mundo já estão enfrentando os efeitos das mudanças climáticas. Mais importante, mostrando como para cada tragédia que ele encontra, há também uma comunidade criativa em encontrar formar de lidar com essas mudanças da melhor maneira possível.

Strike a Pose (Strike a Pose) – Holanda/Bélgica

Super comentado, o doc traz a história de sete dançarinos, que na década de 1990 fizeram parte da – incrível e controversa – turnê Blond Ambition, da Madonna. Os dançarinos se tornaram ícones da liberdade sexual na época (seis deles eram gays), além de inspirarem uma forte discussão sobre direitos LGBT, AIDS e sexualidade em uma época em que os assuntos ainda eram tabu.

Curtas que valem a pena

Lápis Cor de Pele (Lápis cor de pele) – Brasil

O curta traz como tema central a ausência de representações de crianças negras nos meios de comunicação e o racismo na infância. O título do curta é emblemático: quem não lembra daquele lápis bege, descrito como “cor de pele”, que na verdade é apenas mais um sintoma da nossa sociedade racista enraizado no nosso dia a dia?

Antonieta (Antonieta) – Brasil

Você conhece a história de Antonieta de Barros? Nascida em 1901, Antonieta foi uma professora, cronista e feminista (ufa!), que se tornou a primeira mulher negra a ser eleita deputada estadual no Brasil, na década de 1930. É incrível como uma figura tão importante não é mencionada em sala de aula e foi quase esquecida. Que bom que o cinema está aqui pra lembrar a gente da existência de Antonieta, né?

Música no Cinema, por favor!

The Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years (The Beatles: Eight Days a Week – The Touring Years) – UK/EUA

Quando o assunto são os Beatles, nem precisa falar muito para convencer todo mundo a assistir, não é? Esse novo doc foca na histórica turnê mundial da banda por 90 cidades em 15 países, que, de fato, criou a Beatlemania. Feito pelo diretor Ron Howard, traz a perspectiva da própria banda sobre sua fama, por meio de gravações nunca vistas antes.

The Rolling Stones Olé Olé Olé!: A Trip Across Latin America (The Rolling Stones Olé Olé Olé!: A Trip Across Latin America) – UK

Mais um doc imperdível para amantes da boa música e dos Stones, Olé, Olé, Olé, também foca em uma turnê específica, assim como no doc dos Beatles, com a diferença de que essa aconteceu agorinha em 2016, na América Latina. Passamos junto com a banda pela Cidade do México, São Paulo, Buenos Aires e Havana – onde a banda realizou seu primeiro show da história em Cuba, reunindo mais de um milhão de pessoas.

Algumas Dicas

» Se a sua listinha estiver gigante, com vários filmes sobrepostos, dê sempre preferência ao de distribuidoras e produtoras menores; os filmes com maior apelo comercial (atores famosos, ganhadores de prêmios, indicados à premiações) voltarão ao circuito dos cinemas em breve. Se estiver na dúvida, escolha pelo país; um filme húngaro ou senegalês vai ser bem mais difícil de achar (legendado, principalmente) depois, do que um francês ou inglês.

» No site do Festival do Rio, você pode baixar o guia completo do Festival, com toooodos os horários, filmes, sinopses e endereços.

» Várias sessões possuem participação de convidados, como elenco ou diretores. Vale a pena ficar de olho em cada uma a partir desse link.

» Paralelamente ao Festival do Rio, está ocorrendo o RioMarket, cheio de palestras e seminários sobre o mercado audiovisual. Algumas são pagas, mas uma grande parte pode ser assistida de graça. A programação completa está no site.

Se você tem alguma outra indicação imperdível que não está aqui, deixa nos comentários, ok?

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