Se você lê o Modices há um tempo (oi <3), já sabe que valoriza imensamente novos talentos, tanto da moda quanto de outras áreas artísticas. Se você está chegando agora, saiba que somos praticamente viciadas em descobrir novos talentos. Por isso, estreamos hoje uma nova categoria/tag por aqui. A “Talento Modices” vai apresentar para vocês pessoas incríveis e que estão fazendo trabalhos independentes que valem mais do que um comentário, valem um post inteiro e muito amor.
Começamos por Amanda Mol, uma mineira talentosíssima, designer por formação e ilustradora de coração. Depois de estudar e se formar no Rio, Amanda voltou para sua cidade natal em MG à procura de um cantinho de paz e inspiração. Não dá pra negar que ela achou… Seus desenhos transparecem toda a delicadeza e leveza que ela encontrou por lá. E é do interior de Minas que suas criações saem pra todo Brasil (clica aqui e conhece a lojinha amor).
“Desejo tocar o coração das pessoas de alguma forma – seja com traços, cores, poesias ou flores. Afeto e inspiração são os ingredientes do meu trabalho. Acredito que os meus sonhos são possíveis e tento expressar este pensamento aos olhares sensíveis e gentis que passam pelo meu caminho.”
- Amanda Mol, ilustradora
Para falar mais sobre o assunto, fizemos cinco perguntinhas para a Amanda! Olhem só o que ela contou pra gente:
1. Qual sua relação com a ilustração? Como você percebeu que era isso que você queria fazer pra vida toda?
Tenho uma relação tão afetuosa e natural com o desenho que é como se ele fizesse parte de mim, desde sempre. A minha atividade preferida, quando criança, sempre foi desenhar e fazia isso em todas as “superfícies brancas” que eu encontrava – cantinho de apostila, agenda de escola, cartinha de amigas, tela, paredes. Sempre foi muito familiar pegar em um lápis ou caneta e começar a rabiscar! Percebi que eu poderia tornar essa paixão em uma forma de trabalho durante a faculdade de Design de Moda, que cursei nos anos que morei no Rio. As disciplinas de desenho e estamparia me apresentaram um universo que até então eu desconhecia, até aquele momento eu só via o desenho como um hobby e uma distração gostosa. Então, no meu último período resolvi apostar as minhas fichas em um trabalho autoral que uniria essa habilidade desde menina – ilustrar – e tudo que eu havia aprendido na graduação de moda. E assim comecei a rabiscar meus primeiros projetos!
2. O que ou quem te inspira no dia a dia a criar os desenhos?
Coisas simples e casuais me inspiram. Gosto de pensar que o processo de criar não precisa ser difícil ou complexo, e se ele for despertado com facilidade é porque estou no caminho certo. Então, posso dizer (com o coração contente, inclusive!), que o que me inspira a criar é a paz e a tranquilidade do meu dia-a-dia no atelier, perto das minhas flores, com o sol e o céu ao alcance dos olhos. Se estou onde quero estar, em um ambiente que me traz serenidade e alegria, está tudo perfeito – a “tal da inspiração” chega rapidinho!
3. Quando você percebeu que poderia transformar seus desenhos em produtos? Esse sempre foi o objetivo?
Esse sempre foi o meu objetivo! Sempre sempre. O meu desejo é que minhas ilustrações façam parte da vida de outras pessoas também, conseguindo tocá-las de uma forma bacana. Só que não quero fazer isso apenas com um quadro na parede. Acho incrível a possibilidade de interação com certos produtos, o manuseio, o adorno… Ações que fazem com o que a pessoa não só contemple, mas também interaja e viva uma nova experiência. Este é sempre o meu pensamento ao criar um produto: como será a experiência do meu cliente em interagir com este objeto? E o que me encanta nisso tudo é que o ponto de partida é sempre a ilustração, a alma do meu trabalho. Meus clientes escolhem pela superfície e depois pela função do produto, então por que não pensar nas duas etapas d um jeito especial, né?
4. O que te dá mais prazer na profissão?
A liberdade de criar e poder tornar uma ideia, por mais maluca e lunática que pareça, algo real. Juro que me sinto uma “mágica” quando estou trabalhando! (Haha) Se tenho uma ideia nova e acho que isso poderia cair bem, tanto para complementar como para surpreender, vou em frente – estudo, experimento e planejo – e então aposto nela! Quem mais poderia acreditar desta forma em mim se não eu mesma? 
5. O que você tem a dizer para quem quer ser ilustrador também?
Que acreditem no seu “modo de fazer” – naquele jeitinho que só você tem e que o mundo está esperando para conhecer. Se você ilustra e quer realmente investir nessa paixão, se esforce para desenhar incansavelmente até começar a desenvolver um trabalho que é só seu e que por isso, é especial e único. Todos são capazes de fazer isso! Uns fazem na música, outros em livros, e nós fazemos em rabiscos e cores.
Veja mais sobre a Amanda Mol no site dela, na lojinha ou no Insta.
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