O feminismo está bombando nas redes sociais, em discussões entre amigos, dentro de casa, na mídia – e ainda bem, porque um assunto como esse é muito importante pra não ser comentado, debatido e pensado o tempo todo, em todos os contextos possíveis. Não é por acaso que cada vez mais o tema é trazido também para o mundo da TV, do cinema e da literatura.
Pensando nisso, a lista de hoje traz em 4 livros feministas, um filme e uma série algumas opções bem legais e variadas para quem quer pensar e refletir mais sobre assuntos como sexismo, padrões de beleza, misoginia e gênero. Afinal, a gente pode e deve usar de todos os meios possíveis pra lutar contra essa realidade.
É um livro curtinho, de 24 páginas, disponível gratuitamente no formato e-book (clica para baixar de graça muito amor!), perfeito para ler durante o caminho para o trabalho ou de noite antes de dormir. O livro nada mais é do que a adaptação do discurso inspirador sobre a questão de gênero feito pela autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie no TEDx, que ganhou até uma música feita pela Beyoncé – ou seja, você tem que assistir!
O ponto principal do seu discurso é o fato de você ser menino ou menina não deve ser um fator que influencie qualquer tipo de decisão relacionada a qualquer coisa. Que mulher ou homem, as
oportunidades e direitos deveriam ser o mesmo. Parece óbvio, mas como sabemos, infelizmente ainda não é.
Adichie também é autora de Americanah, um livro in-crí-vel que fala sobre preconceito racial e desigualdade de gênero – esse bem grandinho, com mais de 500 páginas – e que ganhou vários prêmios e indicações, como o de um dos dez melhores livros do ano pela New York Time Book Review.
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É uma coleção de sete ensaios inteligentes e cheios de humor da autora americana Rebecca Solnit para tratar de algo que ela resolveu chamar de mansplaning. Você pode nunca ter ouvido falar do termo, mas com certeza vai se identificar: Quantas vezes, em conversas com homens, eles simplesmente supõem que sabem mais de algum assunto simplesmente por serem homens? Ou não acreditam em algo que nós dizemos, mesmo que tenhamos muita experiência naquele assunto porque, afinal, somos mulheres?
Pois é, todas nós já passamos por uma situação de mansplaining, seja em uma mesa de bar ou numa conversa com um colega de trabalho. O mais interessante é que Rebecca mostra de forma clara como esse comportamento aparentemente inofensivo está intimamente ligado a casos de misoginia e sexismo. Eu sinceramente não consegui parar de ler até chegar o final. Pode colocar na sua fila!
No livro, a jornalista Naomi Wolf traz uma discussão muito séria sobre padrões de beleza e como eles podem ser destrutivos em nossas vidas. Como a gente já sabe, a busca pelo corpo “perfeito” e por uma beleza irreal e photosopada servem apenas como combustível para depressão, distúrbios alimentares, self-harm e inúmeros outros problemas físicos e psicológicos.
Afinal, todo dia criam um novo creme e make milagroso para corrigir “falhas”, um shake instantâneo que promete perda de muitos quilos a custa da nossa saúde e um novo tratamento estético para – finalmente! – nos tornamos livres de imperfeições. Claro que ninguém aqui é contra produtos de beleza, mas sim com o modo como eles são vendidos para a gente – e é justamente isso que Naomi que debater. O livro foi lançado em 1991 e hoje em dia é mais relevante do que nunca!
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É um livro de 2010, escrito pela psicóloga Cordelia Fine. Seu título original, “Delusions of Gender: How Our Minds, Society, and Neurosexism Create Difference” diz bem mais do que o título escolhido pela tradução e deixa claro que o foco é dessa discussão é a questão de gênero. A teoria principal de Cordelia tenta desmistificar a ideia de que o cérebro de homens e mulheres funciona estruturalmente de forma diferente – e por isso, meninos preferem brincar com carros e meninas com bonecas, por exemplo. A partir de estudos científicos, Cordelia mostra como na verdade tudo isso, na verdade, faz parte de uma questão cultural e social, ao contrário do que nos é ensinado.
Para quem como eu, ama o mundo do cinema, deve estar aguardando ansiosamente pelo lançamento de Suffragette. Se você ainda não ouviu falar, já anota na sua listinha, porque é must-see: o filme fala sobre o início do movimento feminista na Inglaterra, lá no começo do século XX e seu elenco só tem atrizes maravilhosas que a gente ama, como Meryl (diva) Streep, Carey Mulligan e Helena Bonham Carter. Meryl vai interpretar Emmeline Pankhurst, figura importantíssima do movimento e fundadora da Women’s Social and Political Union, uma organização independente e radical que lutava pelo sufrágio feminino. O filme estreia no Reino Unido em outubro, mas ainda não há previsão para o lançamento no Brasil. Vamos aguardar.
Enquanto o filme não chega aos cinemas, não tem deixar de assistir Inside Amy Schumer, sucesso absoluto nas redes sociais, Youtube e no Comedy Central, canal onde é exibido. O programa foi criado e é estrelado por Amy Schumer, e seu grande trunfo são seus esquetes geniais que tratam de temas como sexualidade, gênero e padrões de beleza.
Seus vídeos são inteligentes, bem humorados e um belo de um tapa na cara da sociedade. Em um dos seus roteiros mais legais, chamado Sex Prep, ela tenta se preparar para um encontro seguindo as dicas de beleza de várias revistas, mas cada uma diz uma coisa diferente ou impossível de ser feita. Amy é diva absoluta, daquelas que dá vontade de virar BFF na hora, sabe?
Tem mais dicas para completar a lista? Conta nos comentários.
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